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Um conto pra alegrar dezembro

Música: Chama da Paixão - Jane Duboc (Composição: Cido Bianchi E Thomas Roth) - Clicalí no Iscutaí

O Dia em que o Sol Encontrou-se com a Lua

Márcia Aparecida Silva Zauza

Conta-se, que há muito o Sol andava tristonho pela Terra.
Seus raios, já não eram tão “fortes” como antes e por mais que o fizesse, sempre era encoberto por alguma nuvem escura que percorria o céu num forte vendaval.
Os pássaros, as flores, os animais, todos se questionavam sobre o distanciamento do sol.
Numa manhã; que seria bem mais bonita, se o Sol estivesse com seu esplendor total; uma ave de vôo inigualável chamada Condor; arriscou-se e quis tentar conversar com o astro rei.
O sol percebendo a dificuldade do Condor para se aproximar, tranqüilizou-o dizendo:
- Linda ave; de vôo quase perfeito, porque queres chegar a mim, se estou por toda parte deste planeta?
O Condor ouvindo a pergunta do Sol lhe respondeu, já exausto pelo vôo:
- Gostaria muito de saber o que lhe deixa tristonho. O planeta está quase sem tua luz: os pássaros já não sabem mais para onde ir; as flores, principalmente o girassol; já não sabe mais se fica acordado ou se dorme; os animais já não sabem mais se ficam em suas tocas ou saem para caçar; as lavouras estão se perdendo... Tudo está tão confuso, que resolvi arriscar este vôo e lhe perguntar qual seria o problema.
O Sol percebendo a preocupação do Condor disse-lhe:
- Não sabia que estava causando tantos transtornos! Confesso que me absorvi em meus pensamentos, que não me dei conta do que estava fazendo. Posso tentar solucionar isto tudo; prometo tentar...
O Condor percebendo a “dúvida” que ficou nas palavras do Sol, ainda insistiu na mesma pergunta:
- Mas o que está ocorrendo, que lhe tirou a atenção do resto do mundo? Poderia lhe ajudar, se você me dissesse o motivo.
O Sol ainda encoberto, disse-lhe:
- Acho difícil alguém me ajudar... Muito difícil mesmo... E já que está disposto a conversar, diga-me: você já amou alguém Condor?
O Condor apoiou-se nas encostas de uma montanha; abaixou sua cabeça sem olhar para o abismo e respondeu:
- Sim, já amei... Amei uma linda ave, que não era um Condor...Amei e sonhei... Muito... E porque você me pergunta isto? Você que é o Sol! Que possui bem mais dotes do que eu; que possui o poder em suas mãos? Não é possível que não consegue conquistar o amor de sua amada? Qualquer dama se renderia à sua luminosidade; ao seu esplendor; ao seu magnetismo natural; ao seu calor...
E antes mesmo que o Condor continuasse, o Sol o interrompeu dizendo:
- Qualquer uma, menos ela...
O Condor já intrigado de tanta curiosidade, então perguntou:
-Quem Sol? Quem é ela? Que dama lhe ofusca os olhos?
O Sol, então olhou para o infinito e disse-lhe com o semblante bem tristonho:
- A Lua... A Lua, amigo!
Neste instante o Condor em respeito ao Sol, segurou seu sorriso e disse-lhe:
- A Lua? Como você apaixonou-se por ela? Como isso aconteceu?
O Sol percebendo o espanto do Condor, lhe respondeu:
- Aconteceu, que nos encontramos por algumas vezes... Em frações de segundos em alguns lugares, mas nos encontramos! Por que você está surpreso com isso?
O Condor percebendo que o Sol já estava se exaltando, tentou explicar:
- Por favor amigo, não quero que fique nervoso comigo. Apenas estranhei a Lua ser sua amada...
- Como estranhou? Nunca lhe perguntei a quem você amou e se tivesse dado certo, você não me responderia da maneira como me respondeu!
O Condor então disse: - Sim, você está certo... Desculpe-me! O que estranhei,
foi que você viu muito pouco esta bela criatura, para poder se apaixonar por ela.
Neste instante o Sol então respondeu:
- Sim muito pouco... Muito pouco mesmo... Mas nestas poucas vezes, enxerguei dentro dos olhos dela. Vi toda a beleza que ela trazia dentro de si... Enxerguei o seu coração... Senti-o bem próximo a mim... Acreditei naquele olhar... Vi cumplicidade... Vi entrega... Vi amor...
O Condor, observou que o Sol lhe falava, mas seus olhos ficavam fixos no infinito, procurando talvez os olhos da Lua.
Então disse-lhe:
- Ora, ora amigo, tenho que pensar em uma maneira de lhe ajudar. E lhe ajudando, estarei sendo ajudado... não só eu, todo o planeta!
O sol com mais emoção então perguntou:
- Como você poderá me ajudar?
- Devagar amigo! Primeiro preciso me encontrar com alguns amigos de hábitos noturnos e depois lhe darei a resposta.
E o Condor saiu voando mais que rapidamente e em menos de 5 horas; quase à noitinha, apareceu junto à encosta de uma montanha, onde o Sol já se reclinara para adormecer e disse-lhe:
- Veja amigo, o que trouxe junto a mim! São vários amigos de hábitos noturnos e todos eles estão dispostos a lhe ajudar, se você continuar durante o dia no céu, mais forte do que nunca! É esta a única condição imposta por eles, para lhe ajudar!
O sol intrigado com tantos animais ao seu redor, então os perguntou:
- Então digam, o que vocês fariam?
Neste instante uma coruja, com a fisionomia bem experiente e sábia, disse-lhe:
- Levaríamos à Lua, seus recados; suas notícias... Tudo que precisar!
O Sol neste momento bramiu com grande satisfação ao dito pela coruja.
E depois sorriu aliviado dizendo:
- Então digam a ela uma “coisinha” muito importante; que nunca tive tempo para dizer; pois quando nos víamos, ficava tão preocupado pelo pouco tempo de encontro; que esquecia de lhe dizer... Digam a ela, que a amo! Que a amo, mais do que tudo! Que estarei sempre esperando para nos encontrarmos! Que serei guardião do dia e ela será a guardiã da noite... E trabalhando juntos, os dias e noites se passarão sem erros e nos veremos novamente! E quando nos encontrarmos novamente, a amarei mais e mais... Nem que demore meio século para este encontro, mas a amarei!
Os animais neste instante se emocionaram com a clareza e transparência do Sol.
Agora sim, ele foi sincero em seu sentimento. Ele não o escondeu entre as nuvens escuras e não teve medo de falar o que sentia.
E a noite chegou.
A primeira a levar o recado foi a coruja. Do alto de uma árvore, disse à Lua as palavras do Sol.
Naquela noite, uma chuva muito branda mas “molhada”, molhou a Terra.
Cada gota de água da chuva, representava emoções e sensibilidade da Lua.
Cada gota de chuva representava lágrimas de amor da Lua! Lágrimas de esperanças... Lágrimas de satisfação... Lágrimas de confiança... Agora a Lua sabia que não estava só... E um dia, se encontraria novamente com o Sol...
Nem que demorasse meio século... Mas o encontraria... Na imensidão do tempo...

Beijos estalados... de sempre... prá sempre!!!

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